quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Passos...

Percorria as ruas vazias em passos lentos, premeditados. Escolhia olhar o céu ao seu redor, o voar dos pássaros e sentir a brisa de fim de tarde no rosto. Caminhava como uma pantera que percorre as pradarias num passeio invulgar.
Era a hora do recolher.
A si.
Refletia sobre a mostra de exposições e cinema no Centro de Artes daquela pequena cidade. A escolha dos temas, das imagens, os porquês...
Fazem-lhe companhia desde que se lembra de ter um cérebro pensante...As razões, as causas, as explicações...as análises, justificações e multiplicações. Era o desdobramento de si mesma. O prolongamento desse sentimento que a caracterizava. O que está por detrás, o que é escondido, o que se oculta.
Hoje voltou a si como há muito tempo não acontecia...julgou ter-se perdido para sempre.
Hoje e só hoje encontrou as placas que indicavam o caminho de casa.
Não veio para jantar. Inventou uma desculpa e continuou.
Um dia virá. Porque

Na realidade nada acaba.


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